Adaptabilidade dos artrópodes às condições atuais
Os artrópodes são os animais com maior sucesso biológico do no Planeta, estando já identificadas mais de 1 milhão de espécies, e, ainda assim, muitas mais estão ainda por identificar.
Na grande parte predadores (Hagen, K.S. et al. 199), estes apresentam um número extraordinariamente elevado de indivíduos e de espécies comparada a qualquer outro filo, representando cerca de 80% dos indivíduos do Reino Animal.
A sua capacidade adaptativa permitiu que sobrevivessem nos mais variados habitats existentes no globo terrestre, quer aquáticos, quer terrestres.
Assim sendo, existem inúmeras características que comprovam o seu sucesso biológico, das quais se destacam:
O facto de possuírem apêndices articulados alterados para funções especializadas como a locomoção, a captura de alimento, para se defenderem e reproduzirem; possuem ainda recetores sensoriais (como as antenas) que permitem captar vibrações, alterações no ar e até mesmo odores, o que favorece a sua adaptabilidade. Estão munidos de um exosqueleto revestido por quitina que lhe confere bastante rigidez e se renova em intervalos regulares (devido à produção de hormonas que provoca a muda – ecdise1). O exosqueleto desempenha funções importantes, como a de proteger o corpo do animal (quer de agressões do meio ambiente quer de predadores) e permeabilizá-lo – impedindo que este desidrate, favorecendo a sua sobrevivência em diferentes ambientes -. É no exosqueleto que os músculos que movem os apêndices se fixam.
São possuidores de um sistema digestivo é completo e com diversos órgãos diferenciados, bem como partes da boca modificadas a partir de apêndices, que se encontram adaptadas a diferentes formas de alimentação.
Em espécies aquáticas, a respiração ocorre por brânquias, por hematose branquial, como no caso dos crustáceos marinhos, como caranguejo; já em espécies terrestres, como os escorpiões, as trocas gasosas podem ocorrem através da superfície