Adam Smith & religião

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Adam Smith e Religião
A absorção de conceitos religiosos no campo econômico não deveria ser nenhuma surpresa. Afinal, o pai da economia liberal, o escocês Adam Smith, autor de "A riqueza das nações (1776)", estudou teologia. Na teoria neoliberal o mercado assume um posto divino.
"Os deuses disputam o mercado", matéria de Flávia Pardini para a revista Carta Capital, reporta-se a pesquisas e pesquisadores que relacionam religiosidade e riqueza.
Mergulham nesse tipo de pesquisa o economista Robert Barro, professor da Universidade Harvard, e sua colega, a socióloga Rachel McCleary. No artigo "Religião e crescimento econômico" os dois professores destacam que o crescimento econômico dos países está relacionado a quanto seus cidadãos acreditam em conceitos religiosos.
Mas constataram, paradoxalmente, que quanto mais esses cidadãos freqüentam as igrejas menos os países crescem. "Descobrimos que, à medida que os países se tornam mais ricos, se industrializam, o tempo das pessoas passa a ser mais valioso. E quando você está envolvido em uma atividade religiosa, você está fora do mercado, ocupado com uma atividade não produtiva", explicou a socióloga.
Os dois pesquisadores de Harvard viram que o inferno tem força motivadora, porque a pessoa que acredita na sua existência vai agir de determinada maneira para evitar que acabe por lá no final da vida.
A socióloga disse para a repórter Flávia Pardini que, com seus estudos, procuram corrigir uma concepção equivocada de que o desenvolvimento econômico elimina a religião e que ele seculariza, necessariamente, a sociedade.
"Muita gente ainda acredita que, quanto mais educadas e ricas, menos as pessoas precisam acreditar em Deus e na vida após a morte. Na verdade, nós encontramos níveis altos de crença religiosa em sociedades industrializadas, embora haja baixa freqüência à igreja", assinalou McCleary.
Para o economista e professor Laurence Iannaccone, da George Mason University, um evangélico confesso e que há 20 anos

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