AD03

1. Quando o Plano Real foi lançado em 1994 a taxa de câmbio estava em torno de R$
1,00 por dólar, o que significa que o Real estava excessivamente valorizado (hoje, por exemplo, a taxa de câmbio está próxima de R$ 2,35). Com base nessa informação e, no contexto do comércio internacional, responda: a valorização do real é vantajosa ou não para o Brasil? Justifique sua resposta especificando os prós e contras.
A valorização do real não é vantajosa para o Brasil, pela visão dos exportadores, considerando que assim a moeda nacional se torna mais “cara” em relação à estrangeira, então nossos produtos aumentam de preço no mercado internacional, tornando-se menos atrativo, resultando na diminuição das exportações.
Apesar de um real forte ajudar a controlar a inflação, neste momento não teria benefício prático. Primeiro porque a inflação está sob controle e o mercado brasileiro não precisa de uma concorrência de produtos importados para que os similares nacionais não tenham seus valores reajustados. Mas o contraste todo dessa situação da valorização do Real é que, se de um lado isso é ruim para quem exporta no Brasil, é notório que é muito bom, em termos financeiros, para a população brasileira que, sem maiores esforços, acaba tendo “mais dinheiro” para comprar no exterior ou importar bens estrangeiros. Sim, pois daí o raciocínio é ao contrário. Um produto estrangeiro que vale mil dólares, ao se fazer a taxa de câmbio pelo Real valorizado na hora do brasileiro importá-lo, vai custar mais barato, mesmo que ele não baixe de preço no país de origem, pois ele continuará entrando aqui por mil dólares. Só que será necessário menos reais para se comprar aquela mesma quantidade de dólares. Ou seja, mais uma vez, vale o ditado de que em economia nada é sempre muito bom ou muito ruim para todos. É necessário entender a situação e se adequar a ela, pois sempre dá para obter ganhos no livre mercado, dependendo da posição de comprador ou de vendedor que se adota naquele momento.
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