acróstico sobre o livro ILUSÕES
Em 1977 Richard Bach lançou o sétimo livro de sua carreira – terceiro após Fernando Capelo Gaivota – chamado “Ilusões: As Aventuras De Um Messias Relutante.” Ousado e inovador, Richard conta seu encontro e convivência com o piloto Donald Shimoda, um Messias aposentado. Donald era mecânico, depois tornara-se Messias, e voltara à sua vida normal para ser mecânico novamente e piloto cigano cobrando três dólares por passeio e usando fazendas como pistas de pouso e decolagem. O primeiro capítulo da obra é um manuscrito contando a história de Shimoda, cujo parágrafo 32 me chamou a atenção. Transcrevo-o a seguir: “E o Mestre disse: ‘No caminho de nossa felicidade encontraremos o conhecimento para o qual escolhemos esta vida. É assim que aprendi hoje e prefiro deixá-los agora para seguirem seu caminho como desejarem.” No capítulo seguinte, quando Richard trava seu primeiro diálogo com Shimoda, mas sente-se preocupado por estar importunando-o, Donald simplesmente diz: “Não (não está me importunando). Estava à sua espera.” Descrevendo Donald Shimoda, Richard Bach descreve seus cabelos negros e longos, e “olhos escuros como os de uma águia.” Ele prossegue dizendo ter notado uma estranha luminosidade em torno da cabeça de Shimoda, e que na cabine do piloto estava grafada a palavra “Don”. Além disso, o avião de Shimoda estava sempre limpo e reluzente, mas Shimoda nunca limpava seu avião. Até aqui não há novidade, todas essas idéias já haviam sido abordadas por Castaneda em seus livros – clique no botão Book no topo da página e acompanhe os posts de Carlos Castaneda e O Caminho do Guerreiro. Não estou de maneira alguma desmerecendo Richard Bach, mas sim enfatizando uma questão que acho crucial: a influência da obra de Castaneda sobre outros autores –