ACONSELHAMENTO PASTORAL
INTRODUCAO.
Uma das principais funções da tarefa ministerial é o aconselhamento, seja ele levado a cabo em um ambiente altamente estruturado ou de modo informal e incidental. O problema que o pastor tem de enfrentar não é se deve ou não aconselhar, porque isto ele não pode evitar, mas sim de como deverá aconselhar e de modo eficiente. Na verdade, a obra do ministro de Cristo é curar, libertar, dar vistas aos cegos e soltar os impotentes. Fazer menos do que isto é reduzir o nobre chamamento de Deus a um mero profissionalismo. Ao invés de trabalhar para seu povo, trabalhará com ele, e, em lugar de meramente tentar fornecer respostas, ajudará as pessoas a formularem as próprias perguntas. Ao invés de indicar o caminho, caminhará com eles. Da parte do pastor deve haver o reconhecimento da sua obrigação para com aquele que está solicitando ajuda. Quando o aconselhando percebe que está sendo acolhido pelo aconselhador de maneira positiva sentirá que é aceito. Quando o indivíduo vem em busca de auxílio, e apresenta o seu problema, realmente está se apresentando a si mesmo. O seu problema é aquilo que representa a sua própria necessidade pessoal. Ele está preocupado consigo mesmo na qualidade de ser humano.
O objeto de interesse, nestes momentos, é a pessoa, e não os problemas apresentados por ela. É também importante que o pastor veja a pessoa como ela é na realidade e não como melhor ou pior. A relação pessoa-para-pessoa caracteriza-se por quatro atitudes fundamentais: compreensão, atitude permissiva, respeito e aceitação. Compreensão: Adler descreve a empatia como um sentimento social inato. Ocorre no momento que um ser humano fala com outro. É impossível compreender um outro indivíduo se, ao mesmo tempo, é impossível identificar-se com ele. Atitude permissiva: o seu objetivo é permitir ao aconselhando expressar seus reais sentimentos. É importante que ele se sinta livre para dizer o que ele pensa e da maneira que sente.