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O mar tem propriedades curativas que mal podemos imaginar. Mas, se alguém está pensando que é apenas no sentido de aliviar o stress, está enganado, pois a talassoterapia, técnica que se vale destas virtudes marinhas, vem sendo amplamente utilizada por pessoas com os problemas mais variados.
Os antigos gregos já conheciam essa metodologia medicinal. A Talassoterapia – thalassa, ‘mar’, e terapia, ‘cura’ -, mesmo sem ser conhecida por este nome, já era praticada há pelo menos 4000 anos a.C. pelos chineses, que retiravam das algas vermelhas substâncias com poderes curativos. Algum tempo depois, romanos e gregos também perceberam o potencial marinho na cura de diversas enfermidades. Mas é a Europa que se torna palco dos principais desenvolvimentos desta técnica. Neste continente surgiram, nos séculos XVII e XVIII, os primeiros textos sobre este tema; em 1778 apareceu um pioneiro Instituto de Talassoterapia, instituído por Louis Bagot.
Por volta do século XIX, o Dr. Bonnardiere se torna responsável pela criação da expressão Talassoterapia. Mas quem proporciona alicerces científicos para esta terapia é o biólogo René Quinton. A partir deste momento, este procedimento se dissemina por todo o Planeta, embora em nosso país seja ainda pouco conhecido e explorado, especialmente se levarmos em conta o potencial marinho presente na paisagem brasileira.
Hoje, a Talassoterapia é muito usada no tratamento de pessoas portadoras de artrite, osteoporose, reumatismo, gota, nevralgia, entre outras enfermidades. O paciente mergulha em uma banheira preparada com todos os elementos que simulam o contexto marinho, ou seja, com água potável e uma pastilha efervescente que detém as características do mar. Não é apenas o sal mais comum, o cloreto de sódio, que compõe o ambiente marinho, mas uma série de sais minerais; o ozônio constituinte da refrescante brisa do mar; a alta umidade que se revela excitante e revigorante; a helioterapia ou intensiva luz própria desta paisagem –