Acadêmica
O Brasil ainda enfrenta o problema do analfabetismo, tanto de indivíduos que não tiveram a oportunidade de estudar na idade correta, quanto de crianças que saem da escola sem se apropriarem do saber da leitura e da escrita. A constatação de que a escola vem produzindo, paradoxalmente, analfabetos e analfabetos funcionais, é fato comprovado, especialmente nas avaliações institucionais, mostrando que o país possui um número significativo de indivíduos que não adquiriram o saber necessário para atender às exigências de uma sociedade letrada. Daí surge a inquietação sobre a prática do professor, a ensejar o objetivo deste trabalho que é o de analisar a alfabetização e o letramento no contexto da sala de aula, tendo como referencial bibliográfico as perspectivas das autoras: Soares (2003), Castanheira, Maciel e Martins (2008) e também de Carvalho (2008). O conceito de alfabetização foi sendo progressivamente ampliado, em razão de necessidades sociais e políticas, a ponto de já não se considerar alfabetizado aquele que apenas domina as habilidades de codificação e de decodificação, mas aquele que sabe usar a leitura e a escrita para exercer uma prática social em que a escrita é necessária. O estado de analfabetismo, embora tratando-se de um fenômeno antigo, tornou-se um problema, na sociedade grafocêntrica em que vivemos, o que suscitou uma preocupação crescente sobre essa questão, resultando em muitos estudos e ações com o objetivo de erradicar o problema “do não saber ler e escrever”, assim, precisou-se nomear o problema para torná-lo conhecido no campo da pesquisa, de onde surgiu o termo “analfabetismo”. Todavia, observou-se que para o estado oposto, ou seja, para a condição daquele que sabe ler e escrever, e, que responde de maneira ampla e satisfatória as demandas sociais fazendo uso de alguma maneira da leitura e escrita, ainda não havia uma qualificação. Mais tarde, isso se fez necessário devido à constatação de