Berkeley - tratado sobre os princípios do conhecimento humano
Tratado sobre os princípios do conhecimento humano
Introdução
Obscuridade das coisas e imperfeição da compreensão nos leva a paradoxos, dificuldades e inconsistências.
Problema não está em nossas faculdades mentais, mas em como as utilizamos. "Levantamos uma poeira e agora reclamamos que não podemos ver".
Berkeley quer descobrir os princípios que introduziram essas incertezas e contradições . Falsos princípios existem, que deveriam ter sido evitados.
Crer que a mente tem o poder de enquadrar idéias abstratas é fonte de inúmeros equívocos no conhecimento.
Ex: bola vermelha. Idéias abstratas: extensão, cor, movimento.
Ao colocarmos um objeto particular em um mesmo grupo abstrato, priorizamos suas semelhanças, mas deixamos de lado as diferenças que tornam o objeto único.
Certo filósofo disse que a capacidade de abstrair idéias é o que distingue o homem da fera. Mas, se isso for verdade, um grande número de homens se encontra no grupo das feras.
Exemplo do triângulo e das crianças -> p. 143/144.
O homem precisa de idéias abstratas e inconsistentes para a conveniência da comunicação e a ampliação do conhecimento.
Falar da saudade.
Conhecimento está em noções universais. O universal porém não está no todo, mas sim nas partes.
Nem tudo que é percebido é considerado por suas abstrações: uma pessoa não pensa no conceito de triângulo ao declarar que um objeto é um triângulo ou na abstração de um homem ao ver um homem.
A linguagem é a responsável pelo uso de idéias abstratas gerais.
Outros objetivos da linguagem que são deixados de lado: despertar de sentimentos - fúria, ódio, amor, admiração, desdém. Isso acontece sem precisar conceber idéias.
Presunção de autoridade: "Aristóteles disse" -> pág 148.
Princípios do Conhecimento Humano
Manifestação dos sentidos são simplificados em uma única palavra. Ex: maçã, pedra, arvore, livro.
A existência de uma idéia consiste em ela ser percebida.