Academicos
AUTOS Nº …..
….., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ….., portador (a) do CIRG n.º ….. e do CPF n.º ….., residente e domiciliado (a) na Rua ….., n.º ….., Bairro ….., Cidade ….., Estado ….., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em anexo – doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ….., nº ….., Bairro ….., Cidade ….., Estado ….., onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar
CONTESTAÇÃO
à ação de indenização por dano moral interposta por ….., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
DOS FATOS
Trata-se de ação indenizatória oriunda de cartas escritas pela ré e endereçadas ao autor e outras pessoas.
O longo relacionamento amoroso entre autor e ré gerou reflexos na vida de ambos.
O autor diz se sentir abalado em sua honra e procura obter indenização pecuniária pelas “injúrias, calúnias e difamações” perpetradas pela ré.
Contudo, a inicial é contraditória e não merecerá prosperar, como se demonstra agora.
DO DIREITO
1.Ausência de calúnia, difamação e/ou injúria
O autor se funda no art. 953 do NCC para requerer a indenização da ré. Cabe então analisar pormenorizadamente se realmente houve calúnia, difamação e/ou injúria.
Primeiramente, é de se dizer que inexiste sentença penal transitada em julgado que declare que a ré realmente praticou as condutas previstas nos art. 138, 139 e 140, todos do CP.
Sequer há notícia de ação penal envolvendo a questão abordada. Mesmo assim, a ré irá rebater os argumentos postos pelo autor.
Calúnia: o tipo penal se configura pela imputação falsa de um crime a outrem. Em momento algum as epístolas da ré aduzem que o autor cometeu algum delito, merecendo ser afastada, desde já, a hipótese de calúnia.
Difamação: o tipo penal se configura pela atribuição a outrem de fato ofensivo à reputação. Nas palavras de