Academico
Conhecidas como abolicionistas ferrenhas,Francisca Amália de Assis Faria,Anna Benvida Ribeiro de Andrade,Narcisa Amália,Maria Thomásia e a compositora carioca Chiquinha Gonzaga marcaram suas vidas pela coragem e determinação na luta pela independência e liberdade das mulheres,principalmente no Estado do Rio de Janeiro.Em várias regiões do Brasil as lutas prosseguiram,no Rio Grande do Norte,por exemplo,Nísia Floresta defendeu com veemência a instituição da educação para as mulheres,conseguindo criar em 1838 a primeira escola exclusiva para meninas,o Colégio Augusto.Na passagem da escravidão para a industrialização,as mulheres continuaram se organizando e foram surgindo os primeiros jornais femininos que estimulavam às brasileiras a lutarem por condições dignas de trabalho,além de outras conquistas. Em 1906,o Rio de Janeiro sediou o Iº Congresso Operário Brasileiro,no qual ficou estabelecida a necessidade de maior organização das mulheres em sindicatos. No ano seguinte ,uma greve das costureiras deflagrou uma série de movimentos em favor da jornada de trabalho de 8 horas ,e em 1917 as mulheres ganharam o direito de ingressar no serviço público. Em 1919, a Conferência do Conselho Feminista da OTI aprovou o salário igual para trabalho igual, destacando-se a participação de duas brasileiras no evento: Bertha Luz e Olga de Paiva Meira e em 1920 ,as mulheres chegam ao movimento sindical. Em 1933 ,Carlota Pereira Queiroz torna-se a primeira deputada brasileira; um ano mais tarde, a Assembléia Constituinte assegurava o principio da igualdade entre os sexos, o direito ao voto feminino, a regulamentação do trabalho feminino e a equiparação salarial entre homens e mulheres. A repressão desencadeada pelo Estado Novo em 1937 provoca um refluxo no movimento feminista que só volta a ganhar intensidade em 1949, no Rio de Janeiro, com a criação da Federação de Mulheres do Brasil. Na década de 50, a mulher marca presença efetiva nos movimentos