Absurdos da pesca
Absurdos da pesca
O incômodo vídeo da BBC, Deep Trouble da série Blue planet, faz com que você se remexa na cadeira pensando em o que estamos fazendo com nossos mares, oceanos e espécies vivas –algumas nem estudadas – desses habitats apenas para ostentar um prato caro ou um aquário luxuoso.
Vista como a principal destruidora da comunidade marinha, a pesca industrial é dotada de alta tecnologia capaz de realizar um mapeamento e rastreamento de espécies inclusive, e principalmente, em rotas migratórias, como o caso do atum de barbatana azul. Oras, se até a pesca esportiva tem à disposição sites como o fishDope e o SSTCharts, que oferecem detalhes da maré, temperatura, mapas, imagens via satélites, entre outros nos EUA, por que a pesca industrial não estaria equipada dos melhores recursos, já que estamos falando em peixes vendidos por 300 dólares o Kg?
Tsukiji, no Japão, é o maior mercado de peixe do mundo, país que também é o maior consumidor dessa carne, vendendo-os por altos valores, tornando esse comercio altamente lucrativo para os comerciantes e poderosamente destrutivo para o meio marítimo.
Uma das técnicas usada para a pesca destinada ao mercado de Hong Kong é o uso de dinamites em recifes de coral para matar os peixes do local, e, é obvio, que danifica tudo que está ao alcance da explosão.
Com tanto lucro, a pesca se tornou ainda mais desenfreada. Migrou de águas rasas para águas profundas, conhecida como “pesca profunda” realizada com rede de arrasto.
Essas extensas redes são lançadas ao fundo do oceano e, literalmente, arrastam tudo o que está pelo caminho. Carregam espécies ainda não estudadas, destroem diversas comunidades marítimas. E, muitas espécies como corais, esponjas e outros peixes que não são o alvo da pesca, mesmo quando também poderiam servir de alimentos, são capturados nas redes e depois são jogados ao mar novamente, na maior parte das vezes, sem vida. No caso da