Absenteismo No Trabalho
Murcho, N. A. C., & Jesus, S. N. (2014). Absenteísmo no trabalho. In M. M. M. Siqueira
(Org.). Novas medidas do comportamento organizacional: ferramentas de diagnóstico e de gestão (pp. 15-24). Porto Alegre: Artmed.
ABSENTEÍSMO NO TRABALHO
Saul Neves de Jesus
Nuno Álvaro Caneca Murcho
O absenteísmo laboral pode ser definido como falta de assiduidade ao trabalho ou a outros compromissos sociais, e de acordo com autores como Cucolo e Perruca (2008) ou Fernandes et al. (2011) apresenta a seguinte tipologia:
- Absenteísmo voluntário (quando as ausências ao trabalho são por razões particulares do proprio trabalhador);
- Absenteísmo por doença (que inclui todas as ausências por doença ou para procedimentos médicos, excluindo-se os acidentes ou outros problemas de saúde de origem profissional); absenteísmo por doença ou acidente profissional (aqueles que são causados pelo próprio trabalho ou no trabalho);
- Absenteísmo legal (faltas justificadas pela legislação como o nojo, parto, assistencia a familiares, doação de sangue ou serviço militar, entre outras);
- Absenteísmo compulsório (faltas ao trabalho devido à suspensão imposta pela entidade patronal, prisão, ou outro impedimento que não permita ao trabalhador chegar ao local de trabalho). No entanto, e tendo em conta a diversidade de motivos para haver ausências no posto de trabalho, utilizamos neste estudo o conceito de absenteísmo no trabalho proposto por
Gaidzinski (1998, apud Porto e Paula, 2010) como sendo apenas as ausências não previstas ao trabalho. Conforme é mencionado por autores como Porto e Paula (2010) ou Fernandes et al.,
(2011), este absenteísmo no trabalho afeta as empresas (que são as organizações laborais públicas ou privadas que trabalham para atingir determinado fim), provoca custos diretos e indiretos elevados, e é considerado como um fenómeno de etiologia multifatorial, relativamente ao qual não parece existir uma relação precisa de causa e efeito, mas sim um conjunto de variáveis que podem