abril despedaçado
A cada dia as famílias estavam mais dilaceradas pela tal “lei de sangue”, na família dos Breves ainda restava 2 filhos, o do meio e o mais novo. Eles eram os únicos que mantinham uma relação familiar dentro da casa, nada era conversado, nem risadas permitidas, passaram a vida inteira sempre de luto pela morte de um ente.
O filho mais novo da família, um menino curioso e esperto estava sempre ligado em tudo o que acontecia a sua volta, porem a sua vida era precária vivia para trabalhar e nem nome tinha era chamado pelos pais de menino, apenas menino.
Num dia qualquer passou pela frente de sua casa uma carroça e logo que ele viu o chamaram, uma bela moça e um homem um pouco estranho pediram informação sobre o caminho pra cidade vizinha, pela informação dada a moça le presenteou com um livro, a partir desse momento o menino que não sabia nem ler se viu apaixonado pela leitura, lia as figuras e tentava lembrar do que a moça o contara sobre a historia, era uma historia do mar, dizia ele. Quando os pais viram ele com o livro não se agradaram, o menino estava deixando de fazer algumas tarefas para ficar ali, admirando as gravuras, sua mãe que já não aguentava mais vê-lo com aquele livro disse que estragava as vistas e o pai o pegou e jogou no lixo.
Tempo se passaram e ele descobriu que a bela moça era do circo, contou ao irmã que o levou até a cidade para assistir o espetáculo, porem tudo escondido dos pais, lá o homem disse que o pequeno menino precisava de um nome, o batizou de Pacu, ele não gostou muito mas aceitou o nome de peixe.
Quando seu irmão viu a bela moça se encantou e caiu numa paixão que foi totalmente reciproca, essa paixão cresceu e a bela moça resolveu deixar o circo para ir de encontro com ele.
Aquela foi uma noite chuvosa