Aborto
AUTORA: Diana Dadoorian
A gravidez na adolescência é um tema de muita polemica, tanto no Brasil como no mundo. Comparando-se com a totalidade de partos no Brasil, é cada vez maior a proporção entre as adolescentes menores de 19 anos. Esse tema vem despertando a atenção dos profissionais de saúde, que acreditam que isso ocorre por falta de conhecimento, sendo uma gravidez indesejada, tratando-a como um problema a ser resolvido com programas de informação sexual.
Para entender melhor este caso, foi necessário buscar e analisar a visão das jovens grávidas. Foi feito um estudo entre jovens de dois grupos sociais (mulheres de classes baixas, e de classes medias) da cidade do Rio de Janeiro. Comparando-se essas duas classes, existe uma diferença de perspectiva em relação ao nível socioeconômico e a gravidez.Pode-se observar que em famílias de classe media priorizam os estudos, deixando o pensamento de uma união e filhos para depois de uma formação, neste caso a gravidez na adolescência é indesejada, pois comprometem os estudos e a carreira profissional da jovem, a mulher de classe media não se limita apenas ao papel de mãe, também almeja a realização profissional. Já em famílias de classe baixa os jovens estão acostumados a começar trabalhar desde novos, para ajudar nas despesas do lar, obtendo uma maior maturidade sobre a vida, o casamento é algo que pode acontecer mais cedo, acompanhado de filhos, a família e as próprias jovens têm uma melhor aceitação.
A gravidez na adolescência é muito comum nas jovens de classe baixa. Foi observado que a uma carência afetiva e necessidade de haver mais dialogo entre as jovens com seus pais, as adolescentes vivenciam grande solidão agravada pela falta de afeto, dessa forma levando-as ao desejo da maternidade. O filho é, assim, deposito de muitas expectativas pelas jovens. Todas as entrevistadas dessa classe social, afirmaram ter conhecimento de métodos contraceptivos,