Aborto
O aborto no Brasil é permitido para mulheres vítimas de estupro, gravidez que cause risco à vida e, mais recentemente, para casos de anencefalia (má formação do cérebro e do córtex, o que leva o bebê à morte logo após o parto). Obviamente que as mulheres de um nível econômico mais elevado podem recorrer a clínicas particulares ou até mesmo a viagens para um país onde já exista a legalização de tal procedimento.
Sendo assim, as mulheres de classe econômica mais baixa que decidem realizar o aborto acabam recorrendo aos meios clandestinos. Além de ser muito doloroso para essas mulheres, o risco de infecção, hemorragia, febre e toxemia (intoxicação resultante do excesso de toxinas no sangue, por deficiência do funcionamento de um órgão) é muito alto. Para as que acabam sofrendo algumas dessas consequências, existe o medo de procurar um hospital para serem tratadas e acabarem sendo julgadas pela família, ou até mesmo pelos próprios médicos – já que existem relatos de profissionais que negam atendimento ou, mesmo sem negar, não fazem uso da anestesia no tratamento dessas pacientes.
O aborto, sendo clandestino ou legalizado, prejudica o corpo da mulher, e é defendido por grande parcela da população que atualmente só engravida quem quer, já que existem métodos contraceptivos, portanto o planejamento familiar é uma solução melhor. Alegase também que o feto é uma pessoa, semelhante a nós, com os mesmos direitos, assim tendo o direito à vida. Além disso, o aborto contribuiria para a diminuição dos índices de natalidade que, aliado ao crescente aumento da expectativa de vida, aceleraria o processo de inversão de pirâmide demográfica. Por fim, sob o ponto de vista religioso, a prática é um pecado, pois a vida que se forma no momento
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