aborto
O aborto comporta uma análise sob vários aspectos: aspectos éticos, morais, científicos, jurídicos, teológicos e políticos. Discutir sobre o início da vida, quando começamos a existir, se a mulher como dona de seu corpo tem direito de abortar, se o nascituro tem direitos, abrange um contexto amplo e de grande complexidade.
O presente trabalho tem como finalidade analisar o conceito de aborto, bem como os posicionamentos contra e a favor a respeito deste tema, as leis que garantem em quais situações o aborto é legalizado e a relação existente entre o assunto abordado com a ética e com a Psicologia.
1.1 Conceito
Etimologicamente, a palavra aborto é de origem latina, decompondo-se em ab (privação) e ortus (nascimento). Segundo Capez (2004, p. 108), em sua obra sobre o referente assunto, “o aborto se conceitua como a interrupção da gravidez com a consequente destruição do produto da concepção. Consiste na eliminação da vida intrauterina”.
Em outras palavras, abortar significa remover ou expulsar o feto do útero em qualquer momento da etapa de gestação que vai desde a fecundação até o momento prévio ao nascimento, resultando na sua morte ou sendo por ela causada.
1.2 Tipos de aborto
O aborto geralmente é dividido em dois tipos, aborto espontâneo e aborto induzido.
O aborto espontâneo surge quando a gravidez é interrompida sem que seja por vontade da mulher. Pode acontecer por vários fatores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para que essa situação aconteça. Este tipo de aborto ocorre naturalmente, sendo mais frequente até terceira semana de gestação.
O aborto induzido pode ocorrer em clínicas clandestinas ou legalizadas, em casa, com a ajuda de outras pessoas ou a mãe sozinha. Neste caso, o mesmo pode ser realizado quando há risco de morte para a mulher, em casos de estupro e de anencefalia. Esta prática se constitui por intenção da mãe ou de terceiros e pode acontecer