Abordagens
- A Antropologia pensa o fato da diversidade cultural por meio de uma construção teórica que "produz" a dessemelhança no plano dos conceitos. Isso significa que quando a antropologia pensa a diversidade ela não pensa as diferenças observáveis, apenas, mas que atribui a esta noção um lugar específico na explicação dos fatos. A Antropologia tem como princípio metodológico que a diversidade não existe em si mesma, como fato real: para ela, diferença é uma categoria social e relacional que se constrói com base em experiências que se defrontam, cabendo ao antropólogo o esforço de delineá-las a partir de seu ponto de vista teórico. Para a antropologia, ser diferente pressupõe o auto reconhecimento e o reconhecimento social como tal; a dimensão da identidade (individual ou coletiva) leva sempre, portanto, à dimensão da alteridade. É isso o que define a dupla dimensão da identidade: o "ser igual, mas de outro jeito", percebendo-se semelhante aos outros e, ao mesmo tempo, afirmando a própria diferença enquanto indivíduo ou grupo.
*A “categoria social e relacional que se constrói com base em experiências que se defrontam” é fonte também da noção de identidade, na medida em que igualdade diz respeito a uma ideia que exige um parâmetro, um referencial. Assim consigo perceber as igualdades quando e entendo o que são diferenças. Preciso do meu referencial, ou seja, preciso me deparar com o “outro”, assim como dizem os antropólogos, precisamos dessa diferença do “ser igual, mas de outro jeito”.
- Desde o século passado tem havido um enorme esforço da Antropologia em demonstrar a unidade humana, estudando e comparando culturas e provando que as diferenças são formas de ordenação estrutural que correspondem a compreensões, formulações e soluções distintas de questões e de problemas semelhantes. No estudo comparativo das culturas o