Abertura politica
O projeto de abertura ou auto-reforma do governo Geisel, deu continuidade à distensão, ou seja, propositura de medidas liberalizantes que deveriam ser planejadas e controladas pelo Estado. O projeto visava à recomposição de um bloco sócio-político no sentido de assegurar a institucionalização do sistema de relações econômico-sociais e políticas a serviço dos monopólios. A intenção era uma liberalização controlada e limitada com o apoio das forças parlamentares. A ampliação do espaço político ocorreu diante da firme intenção e necessidade de conter a oposição de frações da elite, que se deslocavam do bloco de apoio do regime militar. Essa possível dissidência dificultaria a sustentação do Estado de Segurança Nacional. A definição dos parâmetros da “democracia forte” estabelecia o que seria aceitável ou intolerável como oposição. Na verdade uma democracia na contramão dos princípios democráticos. A abertura proposta pelo poder não tinha a intenção de entregar ou repassar o poder a oposição, mas sim fortalecer a ala civil do regime representada na época pelo partido da ARENA, porém nesse momento eclodia a crise econômica como conseqüência do excessivo endividamento externo e ainda o ressurgimento da classe operária na cena política no fim da década de1970.
APÓS O GOVERO Geisel tivemos o governo Figueiredo que governou dentro das seguintes características: • Aprofundamento da crise econômica e com os pedidos de ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em 1982. • Rearticulação partidária, mesmo que dentro das restrições do regime, havia apenas um partido que congregava as representações de oposição através do partido Movimento Democrático Nacional (MDB). • Movimento operário tendo o proletário urbano como ator político.
O agravamento da crise em 1979 impõe o aumento do custo de vida e da taxa de inflação (que chega a 200%), esta situação leva ao