Emergência de nova prática profissional no contexto de efervescência do populismo (1961-1964).
Esses profissionais são impulsionados por uma agitação política que ganha força no Brasil em toda a América Latina. Perante a crise do modelo desenvolvimentista.
Neste período, João Goulart assume a presidência após a renúncia de Janio Quadros, tenta promover mediante uma política populista o nacionalismo desenvolvimentista, contrapondo-se ao processo de internacionalização da economia brasileira e abrindo espaços para os processos de mobilização e lutas a favor das mudanças de base, no contexto de um processo de ampla luta política.
Goulart impõe uma série de restrições aos investimentos multinacionais, com severa política de controle de remessa de lucros (royalties, transferência de tecnologia, legislação antitruste, negociação para nacionalização de corporações estrangeiras), adoção de uma política nacionalistas de apoio e concessão de subsídios diretos ao capital privado nacional.
Engajamento e apoio de amplos setores sociais nas lutas pelas reformas estruturais e reformas de base, com especial atenção para uma política externa independente. Esse processo atinge operários, camponeses, estudantes, intelectuais, liga camponesa, sindicatos, Movimento de Educação de Base-MEB, Movimentos populares de cultura.
A questão social nesse período é enfrentada por medidas de extensão da educação, ampliação da legislação trabalhista ao trabalhador do campo, barateamento do preço dos alimentos, combate às doenças endêmicas e programas de habitação popular.
Nesse momento já existe manifestação de segmentos militares contrários às ações de Goulart.