A abertura política e a redemocratização do Brasil
O processo de redemocratização foi desencadeado a partir de uma série de eventos como a crise econômica que se fazia presente no período militar. Neste período, passaram a contar, entre os problemas econômicos brasileiros, fatores como a subida dos índices inflacionários e a desestabilização da balança de pagamentos. Outro assunto que dominou os comentários sobre a problemática da economia brasileira neste período foi a dívida externa. Apesar do desenvolvimento econômico parecer continuar estável, o índice de desemprego é agravado neste período e as indústrias nacionais parecem abaladas.
Paralelamente, presos políticos permaneciam sob regime de cárcere, muitos destes sofrendo tortura e até sendo assassinados. Hoje em dia, inclusive, tais assuntos e casos particulares estão cada vez mais subindo à tona da ciência pública, como por exemplo no caso do descobrimento de cemitérios clandestinos destinados à "desova" de presos políticos assassinados pelo regime militar. No cenário cultural, de maneira geral, era instituída a censura prévia, coordenada por órgãos de controle governamental.
Tendo em vista o agravamento dos problemas econômicos sociais que poderiam acarretar em grandes conflitos sociais, o presidente militar Ernesto Geisel declara tomar novas atitudes políticas, iniciando um processo de abertura lenta e gradual. Este início de abertura não é fácil, e muitas das atitudes governamentais são ambíguas, como a instituição de leis que privilegiavam o partido da situação, a antiga Arena. O setor militar esboçou várias reações à abertura política e alguns membros deste setor foram afastados por suas manobras contra a abertura política.
Em 1974, o partido de oposição, MDB (Movimento Democrático Brasileiro) vence as eleições, período