Abdicação de Dom Pedro I
A produção agrícola nacional sofria a concorrência internacional. Os produtos brasileiros perderam compradores estrangeiros, e seus preços caíram no mercado externo. Os senhores de engenho do nordeste culpavam d. Pedro I por seus prejuízos. A crise financeira e econômica se refletiu no mercado interno com a alta dos preços de alimentos e dos produtos manufaturados. As camadas médias e populares das cidades, prejudicadas responsabilizavam o governo.
Em 1829, venceu o prazo do compromisso de eliminar o tráfico negreiro, que d. Pedro I assumira com o governo britânico. Os proprietários de escravos ficaram apavorados com a possibilidade de faltar mão de obra e de o preço do cativo disparar. O imperador foi acusado de querer arruinar o país.
D. Pedro I não deu atenção ao descontentamento popular, pois estava envolvido com a sucessão do trono português. Entre 1828 e 1830, desviou dinheiro do tesouro brasileiro para financiar a luta contra seu irmão, D. Miguel, que usurpou o trono e se proclamou rei de Portugal. A população não gostou da atitude do imperador nessa questão e o acusou de ser mais português do que brasileiro. Os jornais criticavam D. Pedro I, e as elites brasileiras começaram a retirar seu apoio a ele. Portugueses residentes no Brasil defendiam o imperador, o que reacendeu o sentimento antilusitano no país. Ocorreram tumultos e agressões.
Quando D. Pedro I nomeou portugueses para formar um novo ministério, uma multidão saiu às ruas em protesto. Soldados e oficiais apoiaram o povo. Isolado, o imperador apresentou sua Abdicação (renúncia) ao trono brasileiro em