abcde
Observada de uma perspectiva histórica, a criação do Itaú Unibanco é o ponto culminante de trajetórias convergentes. Ao longo de suas histórias, Itaú e Unibanco souberam antecipar os desafios do mercado, consolidando-se em períodos de crise na economia brasileira e expandindo os negócios nas fases de crescimento. A união dos dois bancos, em 2008, aos 63 anos do primeiro e aos 84 do segundo, não por coincidência reflete uma marca dessa expansão, caracterizada por fusões e aquisições.
O maior banco privado do Hemisfério Sul e um dos 20 maiores do mundo nasceu do casamento de duas instituições que, desde a fundação – o Unibanco, em 1924, no sul de Minas Gerais, e o Itaú, em 1945, na capital paulista –, mantêm características essenciais em comum. Uma das mais destacadas em ambos é a capacidade de estar próximos de seus clientes – entendendo suas necessidades – e atentos ao ambiente econômico, oferecendo adequado suporte financeiro à expansão dos negócios, por meio de serviços inovadores.
Em 1924, quando o comerciante João Moreira Salles obteve a carta-patente que está na origem do Unibanco, a sua Casa Moreira Salles, em Poços de Caldas, era um magazine que, além de comercializar mercadorias variadas – artigos de armarinho, para a lavoura, de cozinha, vestuário –, operava uma seção bancária. Na virada da década de 20, João Moreira Salles já atuava como correspondente de mais de uma dezena de grandes bancos e contava com mais de duas centenas de clientes, entre cafeicultores e empreendedores da febril atividade turística que explodia na cidade.
O governo brasileiro, pouco antes, dera início a uma reorganização do sistema bancário. O carro-chefe da reforma foi a criação da Carteira de Redesconto do Banco do Brasil, que ganhava a condição de garantidor da liquidez do sistema, medida à qual se seguiram a instituição do serviço de compensação de cheques, também de responsabilidade do banco oficial, e a definição de normas de fiscalização dos