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A concepção de “feminilidade” associada à submissão sexual das mulheres aos homens, em suas múltiplas manifestações, tem sido exaustivamente apontada como um dos obstáculos para as mulheres se prevenirem do HIV. Mais recentemente também tem sido discutido como as marcas do gênero impõem barreiras não apenas para a prevenção,mas também trazem dificuldades específicas no viver com HIV.
Devido ao fato de que, por muitos anos, a AIDS foi vista como um problema de homens, as mulheres com HIV, em menor número e menos organizadas politicamente, não eram objeto de preocupação.
Até hoje muitos profissionais de saúde ainda relutam em pedir a testagem anti-HIV para as suas pacientes, dificultando que as que vivem com HIV/AIDS tenham acesso mais rápido ao tratamento, condição importante para seu êxito. A sobrecarga de trabalho com que a maioria das mulheres convive, em especial as que têm HIV – pois devem cuidar de si e também de outro/s, aliada à sua freqüente condição de pobreza, discriminação, isolamento social e falta de conhecimento e acesso a serviços, tem sido apontada como uma importante razão para a maior taxa de mortalidade das mulheres com AIDS em relação aos homens, em diferentes partes do mundo. Ao mesmo tempo, e pelas mesmas razões, a produção e a circulação de informações que abordam especificamente o impacto do HIV no corpo e na vida das mulheres são também limitadas.
Isto dificulta a elaboração de pautas terapêuticas e rotinas do cotidiano que levem em conta as particularidades de ser mulher com HIV. Ademais, reduz a possibilidade de elaboração de uma agenda própria de discussão e reivindicações que articule as demandas de saúde das mulheres em geral com as demandas específicas das pessoas vivendo com HIV.
Visando contribuir para que as mulheres com HIV cada vez mais assumam o protagonismo na construção de suas vidas, com qualidade e prazer, como objetivos: organizar e difundir algumas informações a respeito do impacto do HIV no