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COMO ME FIZ PROFESSORA
Arlete Dias
Mestranda em Educação
Professora de Geologia/Universidade de Sorocaba
VASCONCELOS, Geni A. N. (org.). Como me fiz professora. Rio de Janeiro: DP
& A, 2000, 149 p.

Uma história de vida pretende reconstituir e compreender o passado reflexivamente, ou seja, reconstituir os acontecimentos vivenciados e registrar a experiência adquirida. Pode ser biográfica ou autobiográfica e ser obtida por meio de relato escrito ou oral.
Para Dominicé, todos os fatos mencionados nas (auto)biografias são produtos de interpretação que apenas têm sentido na globalidade do percurso de vida. Elas se apresentam fortemente influenciadas pelo lugar e pelo momento de sua elaboração, isto é, só têm significação dentro do espaço-tempo em que foram vivenciadas.
A (auto)biografia constitui uma proposta metodológica de pesquisa de uma nova concepção de conhecimento a ser produzido.
A história de vida dos(as) professores(as) é um instrumento de pesquisa e, ao mesmo tempo, um instrumento pedagógico. Daí a importância do livro Como me fiz professora, organizado por Geni
A. N. Vasconcelos, que faz parte da coleção “O sentido da escola”. É uma coletânea de oito textos de diferentes autoras e autores, constituídos por autobiografias e biografias, muitas vezes entrelaçadas entre si.
Em “Puxando um fio...”, Geni Vasconcelos escreve sobre o significado de organizar um livro com essa temática: “Os professores [...] não são só magistério. São pessoas concretas e plurais que se fazem historicamente a partir dos contextos sociais onde vivem seu cotidiano” (p. 12). Tece comentários sobre as possibilidades que se abrem pelo resgate da memória, indo “muito além dos registros efetivados pela história oficial” (p. 12), e acerca dos “saberes gerados no dia-a-dia da prática escolar [...] e as iniciativas realizadas por professores e escolas no desejo de dar novo rumo à história pedagógica” (pp. 13-4).
No texto “Sobre alguns caminhos trilhados... ou mares navegados... Hoje, sou