60 anos da morte de Getúlio Vargas
Passadas seis décadas do suicidio do presidente Getulio Dornelles Vargas, especialistas destacam herança getulistas na politica e na economia.
Um dos principais estudiosos da trajetória de Vargas, Gunter Axt classifica o controverso ex-presidente como peça-chave para a definição do que chamamos atualmente de “identidade brasileira”.
Autor de três livros sobre Getúlio Vargas – além de diversos artigos publicados no Brasil e no exterior –, o historiador afirma que mesmo oriundo de um universo político tradicional – baseado na honra e em costumes machistas e conservadores –, o ex-presidente da República “sempre foi um político moderno” para o seu tempo.
Vargas começou a implementar medidas inéditas na órbita trabalhista, muitas delas em vigor até hoje. Em um de seus primeiros atos no papel de chefe do governo revolucionário, Vargas criou, em 26 de novembro de 1930, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
A decisão de trazer para o governo os conflitos entre patrões e empregados é a primeira de diversas outras medidas que viriam a ser implementadas por ele na área trabalhista. Entre outras inovações, Vargas regulamentou o trabalho de mulheres e de menores de idade, criou o salário mínimo, fixou a jornada de trabalho em oito horas diárias e instituiu a carteira profissional.
Na primeira fase de seu primeiro governo, ele criou ainda os Institutos de Aposentadorias e Pensões, iniciativa que começou a tratar da questão previdenciária no país.
Com o auxílio dessas medidas, teve início a construção da mítica figura do “pai dos pobres”. Mais tarde, durante a ditadura do Estado Novo, a máquina estatal do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) iria atuar intensamente para construir e fixar a imagem popular e carismática de Vargas diante da classe trabalhadora.
Algumas questões políticas surgidas na Era Vargas continuam sendo replicadas nos governos atuais. Por exemplo, o papel do