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Por Raquel Diniz Ezequiel*
De forma direta, poderíamos responder que todos nós fazemos o Brasil. E de fato, é assim que o é. No entanto, queria ser mais específica e falar de um Brasil que vai se transformando no dia a dia, dentro das pequenas comunidades em cada canto desta nação, a partir de iniciativas de guerreiros que após dias de desassossego, acreditam que podem ir além e concentram energias na construção de um cenário melhor.
Quero falar dessa revolução que por vezes é silenciosa, distante das grandes mídias, longe dos recursos financeiros volumosos (milhões que rolam por aí) e do acesso às informações e formações que poderiam facilitar-lhes o caminho.
A despeito de todos os desafios sociais, econômicos e ambientais que bem conhecemos e/ou estamos tomando conhecimento (sim porque “novas” demandas surgem a cada dia), há muitas pessoas e organizações da sociedade civil que não sucumbem, que lutam diariamente pela vida de muitos brasileiros. Logicamente, não há nenhuma novidade nisso, até porque é algo que ocorre há anos, mas é chegada a hora de olharmos para essa parte da nossa história com contemplação e dedicação. É hora de ouvirmos e aprendermos com quem está na ponta.
Há um ano e meio a convite da BrazilFoundation (www.brazilfoundation.org) passei a coordenar o Programa de Formação de gestores de organizações não governamentais, parceiros da própria fundação e do Instituto HSBC para Sustentabilidade. Os parceiros recebem além do aporte financeiro, apoio à implementação dos projetos por meio de encontros de formação e monitoramento das ações.
O programa, há mais de 7 anos, tem trazido a possibilidade de um aprendizado profundo sobre os desafios e avanços do terceiro setor. A maioria das instituições parceiras é de pequeno e médio porte (em termos financeiros e de equipe), atuam no interior do país ou nas periferias, respondendo a um diverso mosaico de causas e públicos (pescadores, índios, pessoas com deficiência,