No dia 10 de julho de 2009 foi comemorado o quinto centenário do nascimento do reformador João Calvino os reformados organizaram conferências e exposições ao redor do mundo principalmente na Europa e Estados Unidos para comemorarem a data. No Brasil as principais denominações presbiterianas organizaram eventos e comemorações, inclusive coincidiu com os 150 anos da chegada do primeiro missionário presbiteriano no país. Fora dos círculos reformados o acontecimentos passaram quase que desapercebidos pelos jornais seculares, que publicaram artigos bastantes parciais. No contexto geral, Calvino permanece à sombra de seu colega mais conhecido – Martinho Lutero. Esse não é o único problema do reformador de Genebra que era incompreendido, mas não deixava de ser um dos maiores reformadores do século XVI e ao mesmo tempo um dos menos conhecidos. O texto tem o objetivo de apontar informações salientes da vida de Calvino, e destacar informações equivocadas e lembrar suas contribuições mais significativas. João Calvino foi o único dos reformadores do primeiro escalão oriundo de um país de cultura latina, todos os demais eram anglo-germânicos. Devido às ligações de seu pai com o clero da pequena cidade, o menino teve excelentes oportunidades educacionais, ainda adolescente foi estudar na Universidade de Paris onde se dedicou ao estudo do latim e dos clássicos em 1531 publicou seu primeiro livro, uma obra do antigo filósofo romano Sêneca; dois anos depois aderiu formalmente ao protestantismo. A formação e os interesses de Calvino mostram que ele era adepto do movimento intelectual da época do Renascimento – ou humanismo, os humanistas dessa época não faziam detrimento da religiosidade e da crença em Deus muitos deles não eram homens religiosos mas valorizavam as Escrituras. Calvino silenciou algumas de suas experiências como foi o caso de sua conversão. O que se sabe é que provavelmente em 1533 ele aderiu à sua fé evangélica, não foi tanto uma