5 5 1 PB
Tecnologia para reabilitação da fala em idosos com doença de Parkinson
Alice Estevo Dias
João Carlos Papaterra Limongi
Wu Tu Hsing
Egberto Reis Barbosa
Falar é uma necessidade, escutar é uma arte
(Johan Wolfgang Von Goethe)
A
doença de Parkinson (DP) é uma moléstia neurodegenerativa cuja prevalência, no Brasil, é de 0.3% da população e afeta 3.3% dos indivíduos com mais de 65 anos de idade (Barbosa e Caramelli, 2006).
A DP é caracterizada pela presença de tremor, bradicinesia, rigidez e modificações posturais. O tremor, quando presente, ocorre durante o repouso e pode ser incapacitante quando acomete braços, mãos, cabeça, pescoço, face e mandíbula. A bradicinesia é caracterizada pela pobreza de movimentos e lentidão na iniciação e na execução de atos motores voluntários e automáticos.
A rigidez decorre do aumento da tonicidade (hipertonia plástica) ou inflexibilidade dos músculos e aumenta durante o movimento. A postura é reconhecida por tronco inclinado para frente e flexão da cabeça, articulações de joelhos, quadris e cotovelos.
A combinação da rigidez com a bradicinesia é apontada como responsável pelas alterações da fala, pois alteram seus subsistemas. É observado prejuízo respiratório, ressonantal, articulatório e fonatório. Ou seja, a respiração altera a produção da voz devido à limitada movimentação da caixa torácica, enquanto que a projeção dos sons da fala (ressonância) é dificultada pela diminuição da abertura da boca. A pronúncia/dicção ou articulação, assim como a voz
REVISTA PORTAL de Divulgação (São Paulo), 34, Ano III, jul. 2013. ISSN 2178-3454. www.portaldoenvelhecimento.org.br/revista
29
(fonação) é impedida em decorrência da limitação dos movimentos dos músculos envolvidos.
Durante a conversação é comum a emissão da voz com volume reduzido
(hipofonia), rouquidão e soprosidade, assim como fala monótona e pronúncia imprecisa de consoantes. Essas características denotam fala com inteligibilidade restrita e de difícil entendimento por