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Na Idade Média os pais não compreendiam o universo da criança, e as escolas o significado dos jogos e das brincadeiras como uma fonte de riqueza para o desenvolvimento da criança, um ser que tem etapas e processos diferentes dos adultos, mas que não era vista dessa forma pela sociedade, famílias ou escola tradicionais. A partir do século XVII com influência dos jesuítas começa se a valorizar o uso dos jogos e brincadeiras como auxilio educativo e a criança tem uma nova chance de aprender de uma forma mais lúdica, menos abstrata.
Muitos filósofos mantiveram sempre uma visão diferente em relação a aprendizagem da criança e de que forma ela se manifestava, valorizando de uma forma direta ou indireta o uso do lúdico. Alguns desses filósofos foi Piaget (1978) segundo ele as atividades lúdicas podem ser realizadas em grupo ou individuais, mas que há duas características principais, a primeira característica é da existência da regra e a característica de existir uma meta a ser alcançada ou cumprida ao final da atividade, para Piaget isso era o jogo.
Para Vygotsky a importância dos jogos se deu pela sua representação, partindo do princípio de que as crianças brincam de faz de conta para entender e compreender o mundo em que elas vivem.
[...]o jogo da criança não é uma recordação simples do vivido, mas sim a transformação criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que responda ás exigências e inclinações da própria criança. (Vygostsky,1999, p.12) Vygotsky (1999), na sua visão sócio construtivista tem como a brincadeira e o jogo uma atividade relativa a infância, em que a criança vai recriar a realidade a partir de sistemas simbólicos, através desse efeito ela vai liberar e canalizar energias.
O lúdico proporciona a interação da criança com o ambiente em que elas vivem e estão inseridas, através da construção de assimilação de regras elas aprendem a respeitar o limite do outrem, aprendem a trabalhar em conjunto, a