3 ESCOLA NEOCONTISTA OU MODERNA ESCOLA FRANCESA
Com movimento contrário ao personalismo das contas, a Escola Francesa defendia o valor destas por entender que não deveriam ser abertas em nome de pessoas ou personalidades e não representar direito ou obrigações, mas refletir os valores dos componentes patrimoniais suscetíveis de modificações, adotando o valor como principal base para a contabilidade. Para os Neocontista colocar em evidência o ativo, o passivo e a situação líquida das unidades econômicas é o real papel da contabilidade, sendo necessário para tanto, abrir contas com os valores dos ativos, dos passivos e diferenciais. Dessa forma os termos 'deve' e 'haver' tem o mesmo significado que entrada e saída.
A Contabilidade, segundo Schmidt (2000, p.156), na concepção dos neocontistas, tem a finalidade de acompanhar a evolução e a modificação que ocorre no patrimônio das entidades, com o objetivo de conhecer, sempre que necessário, sua composição e valor. Os registros contábeis são os responsáveis pela inscrição das modificações do patrimônio, tanto quando a variação ocorrer no valor unitário dos bens quando se ocorrer na quantidade.
O neoconsitmo (1914) restituiu à contabilidade o seu verdadeiro objeto: a riqueza patrimonial e, em conseqüência, trouxe grande avanço para o estudo da análise patrimonial e dos fenômenos decorrentes da gestão empresarial, tendo surgido como um movimento contrário ao personalista, defendendo o valorismo das contas. Para os neocontistas as contas não deveriam ser abertas a pessoas ou entidades, nem representavam direitos e obrigações, mas deveriam refletir os valores dos componentes patrimoniais sujeitos à modificações.
Esta escola foi responsável, também, por atribuir à contabilidade o papel de colocar em evidência o ativo, o passivo e a situação líquida das unidades econômicas. Para tanto, seria necessário abrir-se contas com valores dos ativos (positivas), passivos (negativas) e diferenciais (abstratas/situação líquida). As