Bacharel em administração
Prof. Me Carlos Jaelso A. Chaves
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO CONTÁBIL
1 Introdução
Não se pode precisar a época em que se iniciou a contabilidade. Contudo, acredita-se que ela seja tão antiga quanto à origem do homem. A partir do momento que no homem desenvolveu o instinto de posse, conseqüentemente, houve a necessidade de controlar os bens, o que se fez através do inventário (FAVERO et al., 1995). Para Iudícibus (1995) a noção de controle seja, talvez, tão antiga quanto a origem do homo sapiens. Segundo este autor, alguns historiadores fazem remontar os primeiros sinais objetivos da existência de contas aproximadamente a 4.000 a. C. Entretanto, antes disso, o homem primitivo, ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao contar suas ânforas de bebidas já praticavam uma forma rudimentar de contabilidade.
Para Favero et al. (1997) os registros contábeis mais importantes de que se tem conhecimento são os da suméria, da civilização egípcia e da civilização pré-helênica, que demonstraram que a contabilidade já era considerada um importante instrumento de controle pelas principais civilizações do mundo antigo. Segundo Iudícibus (1995) é possível que algumas formas rudimentares de contagem de bens tenham sido realizadas bem antes disso, talvez por volta do sexto milênio antes de Cristo. Cruz et al. (2009) observam que inscrições em cavernas e outros vestígios, encontrados por arqueólogos, indicam que há 8.000 anos atrás o homem já utilizava algumas técnicas para controlar seu patrimônio . Schmidt e Santos (2006) afirmam que as primeiras fichas de barro foram encontradas por arqueólogos, datando de 8.000 a. C. em Uruk, antiga cidade da mesopotâmia[1] e centro importante da civilização sumeriana.
Schmidt e Santos (2006) classificaram tais fichas de barro em duas categorias: simples e complexas. As simples possuíam a forma de esferas, discos,