3 desafios que impedem Brasil de ser um pa s de engenheiros
Em 10 anos, o Brasil conseguiu mais do que duplicar o número de formados em Engenharia. Mesmo assim, precisamos de mais.
Exatas | 02/08/2012 08:46 Marco Prates, de
Engenheiros da Promon: o número de vagas e cursos ofertados, assim como o de formados, cresceu acima do PIB entre 2001 e 2010, mas ainda não é suficiente
São Paulo – Poucas categorias profissionais ganharam tanto prestígio na história recente do Brasil quanto os engenheiros. Seja por causa do pré-sal, seja pelas obras da Copa e das Olimpíadas, só se fala que o país precisa de mais engenheiros. Advogados já temos demais, argumentam alguns.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que, até 2014, o Brasil vai demandar 90 mil novos engenheiros no mercado de trabalho, somados aos 854 mil inscritos hoje no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Tal número já é considerado praticamente inalcançável, na avaliação da própria CNI.
Com isso, o país importa mão de obra e aumenta os salários de quem já está dentro do mercado. De 2011 para cá, 6 dos 20 cargos que mais tiveram valorização salarial são engenharias, segundo o site de emprego Catho. O salário médio para um profissional na área de petróleo e gás (o site não especifica o nível de conhecimento) passou de 5,6 mil reais para 8,8 mil reais entre um ano e outro, com uma valorização de 55%.
Não se pode dizer que o Brasil não reagiu à demanda nos últimos anos. Entre 2001 e 2010, o número de formandos em Engenharia mais do que duplicou, saindo de 18 mil para mais de 41 mil. Os números de cursos e vagas cresceram de maneira exponencialmente maior que o PIB. Para o Confea, o Brasil começou a responder ao estímulo por desenvolvimento depois da letargia econômica das décadas de 80 e 90.
Mesmo assim, ainda estamos atrás na corrida por tecnologia. Dados do Banco Mundial compilados pelo professor da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Vanderli de