2º MANDATO DE VARGAS (1951 – 1954)
1.1 TENSÕES SOCIAIS
Vargas inicia uma política de nacionalismo econômico estimulando o desenvolvimento de indústrias e, isso acaba criando tensões sociais. As classes ligadas ao setor comercial e de exportação temiam esse nacionalismo econômico por que temiam que isso acabasse resultando numa mudança na estrutura social do país e acabaram perdendo seu status. Além do nacionalismo, também havia a inflação para aumentar essas tensões, e ela atingia todas as classes, principalmente a classe operária urbana, como expõe Skidmore (1982, p.145):
Os constantes aumentos de preços e a necessidade de frequente de reajustar os pagamentos e os salários concentravam a atenção pública na questão de como os benefícios e sacrifícios do desenvolvimento econômico seriam distribuídos.
Com a pressão quanto ao aumento de salário, vinda da parte dos sindicatos dos trabalhadores, que Dutra tinha fechado em seu governo e Vargas permite o retorno, ele começa a enxergar a necessidade de medidas anti-inflacionárias, e, é essa necessidade que Vargas reorganiza alguns ministérios em junho-julho de 1953. Dois dos novos ministros eram seus aliados de longa data: José Américo de Almeida, que se tornou Ministro da Viação, e Oswaldo Aranha, Ministro da Fazenda, e ele também põe João Goulart como Ministro do Trabalho. O objetivo de Vargas mudar esses ministros para conseguir o apoio que precisava para obter cobertura política para o plano de estabilização da inflação e para reavivar seu prestígio que estava em declínio.
1.2 TENTATIVA DE ESTABILIZAÇÃO ECONÔMICA
Em outubro de 1953, Oswaldo Aranha, novo Ministro da Fazenda, apresenta seu plano que visa a estabilização econômica que ficou conhecido como Plano Aranha, o programa tinha como objetivo: uma política de restrição de crédito e um sistema de taxas múltiplas. Essas medidas tinham o fim de torna as exportações brasileiras mais acessíveis no mercado internacional, desencorajar as importações, proteger