2012
Com o sentido de paidéia na educação grega surgiu um novo conceito de educação digna do homem livre, que o habilita a tirar proveito de sua liberdade ou dela fazer uso (Monroe, 1983, p.27). Entretanto, não podemos esquecer que esse novo conceito de educação refere-se apenas aos cidadãos livres que podiam tirar proveito da sua liberdade, ficando de fora os escravos, as mulheres.
Conforme, Brandão (1995, p.38-47) a paidéia tinha o sentido de formação harmônica do homem para a vida da polis, através do desenvolvimento pleno do corpo e toda a consciência. A educação passou a corresponder as exigências própria estrutura da sociedade grega, especialmente por sua estratificação social de oposições entre livres e escravos, entre nobres e plebeus. De modo que a educação foi dirigida preferencialmente aos meninos nobres da elite guerreira e da elite com posses.
Até os 7 anos sua educação se da no seio familiar, depois dos sete os meninos eram entregues aos pedagogos (pais, paidós=criança; agein= conduzir), que eram escravos a quem os atenienses confiavam a criança, conduzindo-os até a escola. O menino ateniense freqüentava dois tipos diferentes de escolas: a escola de música e a escola de ginástica ou palestra (lugar de luta). Nessas escolas aprende com o mestre-escola, que acompanham a educação do jovem aristocrata, fruto de um lento trabalho de acompanhamento do educando por muitos anos.
Atenas ao alcançar seu máximo esplendor, ampliando suas relações econômicas, aumentando a prosperidade material e cultural dos cidadãos, a velha constituição aristocrática é substituída pela constituição democrática. Nesse sentido, as exigências impostas a educação foram duplas: de um lado, com o desenvolvimento da liberdade na esfera política, passou-se a reclamar da educação maior liberdade individual de pensamento e ação. Por outro lado, impo-se a necessidade de um treino ou habilitação do individuo a aproveitar das oportunidades sem