2003 11
Priscilla de Cássia Lopes Higuti
Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem.
Pollyana Oliveira Capocci
Docente do Curso de Graduação em Enfermagem. Orientadora.
RESUMO
A Depressão pós-parto, apresenta uma alta prevalência, que afeta aproximadamente 10% à
15% das puérperas no período de pós-parto. Este artigo teve como objetivo revisar a literatura sobre depressão pós-parto. Há hipóteses de que a causa etiológica esteja relacionada às alterações hormonais. Os fatores de riscos geralmente estão relacionados às questões biológicas, sociais ou psicossociais. Os sintomas apresentam semelhanças aos das depressões que ocorrem em outras etapas da vida. O diagnóstico vem sendo realizado através da escala de auto-avaliação, apresentado-se eficaz. O tratamento é feito com antidepressivos e psicoterapia, tendo um cuidado especial em relação ao tratamento.
Descritores: Depressão pós-parto; Transtornos mentais; Enfermagem psiquiátrica.
Higuti PCP, Capocci PO. Depressão pós-parto. Rev Enferm UNISA 2003; 4: 46-50.
INTRODUÇÃO
O período puerperal é uma fase de grande importância e que exige cuidados especiais à mulher. É marcado pela experiência de gerar, parir, cuidar e por varias alterações físicas e emocionais. Esta é uma fase que exige grande capacidade de adaptação da mulher, e requer atenção e acompanhamento contínuo da família e dos profissionais da saúde.
O puerpério é definido como o período que vai da dequitação à volta do organismo materno às condições prégravídicas. Este processo tem duração de aproximadamente de 6 a 8 semanas. Esse período está dividido em três fases: a- Imediato (1° ao 10° dia após o parto) b- Tardio (11° ao 45° dia) c- Remoto ( a partir do 46° dia)(1).
Essas fases são marcadas por um período rico e intenso de vivências emocionais para a puérpera. As transformações do corpo, as mudanças hormonais, a adaptação ao bebê, a amamentação, a nova vida, as noites mal dormidas, a carência afetiva, uma menor atenção à mãe e um menor apoio