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Giselle Pinto♣
Palavras-chave: Mulher; Negritude; Indicadores Sociais; Mercado de Trabalho
Resumo
Este trabalho foi produzido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em
Política Social da Universidade Federal Fluminense e é resultado de uma pesquisa maior realizada como tese de conclusão de curso, para a graduação em Serviço Social, que teve como temática, a inclusão de mulheres negras no mercado de trabalho.
Objetivamos contribuir com as análises que procuram identificar as desigualdades raciais e a reprodução das desigualdades de gênero no mercado de trabalho, contribuindo para o debate sobre a situação das mulheres negras nos diferentes espaços sociais. O mercado de trabalho brasileiro é o foco desta pesquisa por ser considerado historicamente um espaço excludente, onde as mulheres negras estão presentes nos diferentes setores, mas com menores possibilidades de ascensão social.
Para realização deste estudo, utilizamos dados quantitativos oriundos de indicadores sociais produzidos a partir do ano 2000, que tenham realizado o recorte por raça e gênero. Tais dados nos possibilitaram evidenciar a existência das desigualdades de acesso que as mulheres negras sofrem ao buscar seu ingresso no mercado de trabalho formal. Verificamos, na realização desta pesquisa, que é crescente a taxa de participação das mulheres negras no mercado de trabalho, mas estas ainda sofrem uma série de desigualdades como, por exemplo, quando analisamos as taxas de rendimentos por cor e sexo, estas ficam abaixo de todos os outros grupos, até mesmo dos homens negros.
Pudemos concluir, a partir dos dados analisados, que apesar do crescimento das taxas de escolaridade para todos os segmentos, as mulheres negras ainda apresentam taxas menores que as mulheres brancas. Isto impacta uma entrada mais igualitária no mercado de trabalho, principalmente no que se refere ao rendimento. As negras sofrem ainda com o