2.2 Formação do alfabetizador de eja na 1ª etapa do ensino fundamental
Os sujeitos que compõem a Educação de Jovens e Adultos possuem como forte marca a luta pela conquista de seus direitos, sendo a volta à escola muitas vezes o início da superação da exclusão que foram submetidos ao longo de sua história, muitos.
(...) jovens e adultos sempre que voltam para a escola, voltam pensando em outros direitos: o direito ao trabalho, o direito à dignidade, o direito a um futuro um pouco mais amplo, o direito à terra, o direito à sua identidade negra ou indígena. Esse traço é muito importante, a educação de jovens e adultos nunca aparece como direito isolado, sempre vem acompanhada de lutas por outros direitos (ARROYO, 2006 p.29).
A Educação de Jovens e Adultos ainda é tida como “uma educação compensatória ou supletiva; marcada por um caráter emergencial e filantrópico, em que basta a “boa vontade” para atuar” (SOARES apud HADDAD, 2008, p 21). No entanto à estes lutadores não pode ser delegada uma educação ministrada por profissionais medíocres, com formação precária, ou/sem a mínima escolarização prevista na LDB/96, motivados tão e somente pela boa vontade e ou pelo voluntariado idealista, cabendo aos sujeitos da EJA uma educação rotulada como “qualquer coisa serve” ou “antes isso do que nada”. A escolarização se torna educação quando propicia a reflexão dos processos sociais, transmite valores, prepara o aluno para as relações de trabalho, o ajudam a desvelar as relações de poder, ações tais, mediadas por professores que articulem os saberes sistematizados da escola às vivências de mundo. Libâneo (1998) apresenta algumas características pertinentes à formação docente que visa garantir condições para uma educação de qualidade, como.
(...) o professor deveria “adquirir sólida cultura geral”, capacidade de aprender a aprender, competência para saber agir na sala de aula, habilidades comunicativas, domínio da linguagem informacional e dos meios de