1984 - George Orwell
George Orwell escreveu 1984, um livro com um sentido forte, transformador. Ele o escreveu em meados da década de 40, o título alternativo era “O último homem na Europa”. Em meio a distopias Orwell é atual, futurista e critico, mas com uma história que vai além de denúncias.
Winston Smith é um sujeito de 39 anos, ligado a Oceânia no ano de 1984, onde a realidade retratada seria difícil de acreditar se não fossem os vários detalhes que lembram o meio que vivemos, as pessoas que convivemos e os poderes que nos regem. Winston serve a um estado totalitário onde o poder está centralizado no Grande Irmão a quem se deve amar, obedecer e idolatrar. Qualquer um que vá contra essa ordem, deve ser destruído, aniquilado ou vaporizado como se nunca tivesse existido, pois é essa uma das coisas que fazem em Oceânia, o passado é mudado para que em nenhum momento venha a atrapalhar o presente e principalmente o futuro.
Como é possível reger tantas pessoas sem que ocorram grandes rebeliões e para que elas se submetam a outro humano? Em Oceânia eles tinham vários métodos e um deles se relaciona com a Teoria Hipodérmica, era chamado de os Dois Minutos de Ódio que por dois minutos todas as pessoas tinham que assistir em uma grande tela, imagens e vídeos de inimigos com discursos que atacavam o Grande Irmão, tudo para gerar ódio, medo e obediência, pois se fizessem o mesmo teriam o mesmo destino desses traidores.
Cenas de guerra onde matavam crianças e mulheres eram aplaudidas e chamadas de “cineminha” isso em 1984, hoje 29 anos depois as pessoas simplesmente almoçam em frente à televisão assistindo crianças mortas em programas policiais ou param tudo o que estiverem fazendo para ver um acidente na rua, não para ajudar, só por curiosidade. As pessoas eram saciadas com uma falsa sensação de prazer ao ouvirem que a porcentagem de algum alimento iria aumentar por exemplo. Comiam carne que não era carne, pão que não era o autêntico, mas aceitavam.