1984 - George Orwell - RESENHA

UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Curso de História Licenciatura e Bacharelado
2008.2

RESENHA
1984 - George Orwell

Michele Cerqueira Rebouças

Salvador, 2008.
1984
Michele Cerqueira
GEORGE ORWELL (PSEUDÔNIMO DE ERIC ARTHUR BLAIR) NINETEEN EIGHTYFOUR. 1a. Edição. Londres: Secker and Warburg, 1949, 368 p.

Nasce na primeira década do século XX, Eric Artur Blair (25/06/1903), na cidade de Mothiari, na Índia, sob o domínio britânico. Filho de um oficial de baixo escalão da marinha britânica. Eric cursou a nomeada Academia de Eton, onde se destacou como bom aluno e tinha tudo para seguir à mesma carreira que seu pai, mas como assíduo leitor de escritores como Dickens e Zola, era certo que seguiria outro caminho. Em 1922, na Birmânia, com seus 18 anos, Eric deixa a Academia de Eton para servir a Polícia Imperial Indiana. O que só lhe serviu de inspiração e indignação, onde em 1934 publica o livro “Dias na Birmânia”, livro no qual fala sobre seu sentimento de inconformismo com qualquer tipo de totalitarismo e, principalmente, a política imperialista britânica. Antes de publicar seu primeiro livro, adotou, em 1933, o pseudônimo de George Orwell, que o tornou conhecido pelo mundo, especialmente graças às suas últimas obras: “Revolução dos Bichos” e “1984”, publicadas em 1945 e 1949, respectivamente. Orwell era o que se pode chamar hoje de social-democrata de inspiração liberal. A sua tendência anti-autoritária o levou a revisar a inicial simpatia que teve para com os comunistas. A participação do escritor inglês na Guerra Civil espanhola lhe revelou o caráter sombrio do totalitarismo de Stalin, refletido na dogmática intolerância dos comunistas espanhóis. A experiência da Segunda Guerra Mundial, de outro lado, quando uma V-2 alemã destruiu seu apartamento em Londres no ano de 1944, revelou a Orwell o caráter supra-ideológico do totalitarismo, cujo cerne seria o poder pelo poder. Essa