1848- Revoluções e prisões
Resumo:
O capítulo 2 referente às revoluções e prisões de 1848, toma como base o sistema carcerário para explicar as mudanças ocorridas nessa época. Antes da revolução os presos não eram submetidos a nenhuma atividade, o que os impulsionava ao ócio e, por conseguinte, a confusões e brigas nos presídios. A situação das prisões me 1848 era a pior possível: as celas/ dormitórios estavam lotadas e nesse tempo a prática do trabalho durante o dia começava a ser difundida. Os presos eram subdivididos por sexo e por categorias, havia a prisão dos devedores, considerada uma das melhores prisões, a dos presos políticos, onde os acusados dos delitos de opinião eram colocados em regime alimentar razoável e com não obrigatoriedade de trabalho, e a dos prisioneiros do direito comum onde o regime é muito normativo e a prisão mais punitiva e endurecida. Nessas prisões impõe-se o silêncio absoluto, proíbe-se o fumo e a bebida, o trabalho é colocado como a única forma de distração afim de reeducar os presos. O salário advindo do trabalho destes detentos era dividido em três partes: a primeira para o empresário, a segunda para o Estado e a terceira quase insignificante, para os detentos. Os principais serviços são a fiação, a tecelagem, a confecção de bonés e calçados e o trabalho pouco qualificado em madeira. O sistema era baseado na subnutrição dos presidiários e na sua superexploração. O sistema prisional francês foi muitas vezes denunciado, o que resultou no escândalo de Clairvaux, em que foi comprovada uma distribuição de uma alimentação infecta aos detentos, com legumes secos ou podres, carne estragada, pão fétido e colorido, além de comprovar a pouca saúde dos detentos subnutridos, com úlceras, roupas cobertas por vermes e vestes em farrapos. Esses maus tratos levaram a morte milhares de detentos. Em 1834 os relatórios mostram uma tensão crescente, com rebeliões e incêndios nas prisões, por vezes eclodem revoltas coletivas. No final da