1821
O termo a fuga é usado para definir o que aconteceu entre novembro de 1808, sobre a partida de D. João VI a Portugal.
A fuga da família real para o Rio de Janeiro ocorreu em um momento mais intrigante e revolucionário do Brasil e Portugal, em que alguns grupos de vários interesses, como monarquistas, republicanos, federalistas, separatistas, abolicionistas, traficantes e senhores de escravos, se opunham numa luta pelo poder que haveria de mudar significativamente a história desses dois países.
O fato surge como uma notícia inesperada para os portugueses, que no primeiro momento sentem a sensação de desamparo e traição. Depois, de medo e revolta. Para os Portugueses, além da surpresa da noticia da viagem, havia um fator que agravava a sensação de abandono, o fato de a noção de Estado, Governo e Identidade Nacional não existir com ideia de que todo poder vem do povo e em seu nome é exercido, ou seja, não existia o princípio fundamental da democracia, pois, ainda reinava o regime de monarquia absoluta. O rei tinha o poder total. Criava leis, além de executá-las, os juízes e as câmeras funcionavam como simples auxiliares do monarca. Assim, sem o rei, o País ficava as mínguas e sem rumo, pois dependia do rei toda a atividade econômica e sobrevivência das pessoas, o governo, a independência nacional e a própria razão de ser do Estado Português. Nesta época, o trono de Portugal era ocupado por um príncipe regente. D. João reinava em nome de sua mãe. O príncipe regente incapaz de enfrentar um inimigo que julgava poderoso decidiu fugir abandonando a Europa.
Capítulo 2 - Os Reis Enlouquecidos
O começo do século XIX foi uma época de pesadelo para reis e rainhas. Alguns perseguidos, outros destituídos, aprisionados, deportados ou mesmo executados em praça pública. Sendo que dois deles enlouqueceram. Em resumo, era uma época em que os monarcas literalmente perdiam a cabeça. Em 1807 Napoleão Bonaparte estava no auge do seu poder, era o Imperador da