Educa O 1808 1821
Não se conseguiu implantar um sistema educacional nas terras brasileiras, mas a vinda da Família Real no início do século XIX permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para preparar terreno para sua estadia no Brasil Dom João VI abriu Academias Militares (Academia Real da Marinha (1808) e Academia Real Militar (1810)), Escolas de Medicina (a partir de 1808, na Bahia e no Rio de Janeiro), Museu Real (1818), a Biblioteca Real (1810), o Jardim Botânico (1810) e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia (1808). Segundo alguns autores o Brasil foi finalmente "descoberto" e a nossa História passou a ter uma complexidade maior. Em 1816 foram convidados artistas franceses ("Missão Artística Francesa") como Lebreton, Debret, Taunay, Montigny que influenciariam a criação da Escola Nacional de Belas Artes
Academia Real da Marinha
Em 1808, a Academia dos Guarda-Marinhas acompanha transferência da Corte Portuguesa para o Brasil. A Companhia dos Guarda-Marinhas, os professores, o material escolar e a biblioteca da Academia embarcam na nau Conde Dom Henrique, desembarcando no Rio de Janeiro em março de 1808. No Rio de Janeiro, a Academia instala-se no edifício do Convento de S. Bento.
A Academia Real dos Guarda-Marinhas irá permanecer no Brasil, mesmo após o regresso do Rei D. João VI a Portugal em 1821.
Em 1822, perante a Independência do Brasil, a Academia divide-se entre os que pretendem aí permanecer e os que pretendem regressar a Portugal. Finalmente, em 1825, a Academia divide-se em duas, uma brasileira e outra portuguesa. A Academia portuguesa regressa a Portugal e volta a instalar-se no local do Arsenal da Marinha de Lisboa de onde tinha saído 17 anos antes, sendo reformada em 1845, altura em que mudou a sua designação para "Escola Naval". A Academia brasileira passou a designar-se "Academia Imperial dos Guardas-Marinhas", depois designou-se "Escola de