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TREZE DIAS DE NEGOCIAÇÃO
Monise Leonel

O período do pós segunda guerra mundial, usualmente conhecido como Guerra Fria, sem que oficialmente fosse declarada tal guerra, foi um período muito frutífero para as negociações. A intensa polarização que ocorreu na época, levando o mundo a uma divisão ideológica clara entre os dois mundos existentes fez com que os negociadores daquela época tivessem muito trabalho para que evitar que a eminência de um ataque nuclear entre as duas potências viesse a se tornar realidade. Ao longo deste trabalho, buscaremos analisar a fundo a negociação engendrada ao longo dos treze dias da Crise dos Mísseis na ilha caribenha de Cuba. Ao longo da segunda metade do século XX, passado o pós-guerra, iniciou-se um processo extremo de polarização entre as duas grandes potências do momento. De um lado os Estados Unidos e seu mundo capitalista, de outro, a União Soviética (URSS), tendo a Rússia como país sede e as repúblicas satélites como coadjuvantes, aplicando o comunismo no dia-dia. A ilha de Cuba entra nessa história dentro desse contexto da polarização. Descontentes com a situação econômica e social de seu país, agravando com a presença maciça de americanos no país, principalmente a passeio, os cubanos iniciaram um processo de revolução, impondo um golpe de estado e, como comenta Farias (2008), iniciou um processo de estatização de diversos setores da economia da ilha. A mesma autora ainda demonstra que a revolução não era, de inicio, explicitamente comunista ou contra capitalismo. Na verdade “…,inicialmente Fidel Castro buscava uma terceira via, evitando a bipolaridade ideológica da Guerra Fria, e optando um caminho que fosse, acima de tudo, cubano.” (Ibid). Porém, no contexto de nacionalização dos setores econômicos e também os acordos econômicos que se sucederam entre a ilha e a URSS acabaram por piorar a relação com os Estados Unidos. Até que, em 1961, os dois países acabaram por romper qualquer relação diplomática. Inicia-se