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A psicanálise encontra desde o seu início o conflito psíquico no ser humano, o qual Freud descreve em sua metapsicologia como: exigências internas opostas.
Ao nível tópico, esse conflito se dá entre sistemas ou instâncias.
No desenho de sua primeira teoria tópica, ele se encontra entre os Sistemas: Inconsciente, por um lado, e Pré-consciente/Consciente, por outro; esta oposição corresponde igualmente à dualidade do princípio de prazer e princípio de realidade, onde o que está em jogo é o conflito entre a satisfação da sexualidade e uma instância recalcadora que possui aspirações éticas e morais.
Nesta concepção tópica do aparelho psíquico, o ego é considerado como sendo totalmente consciente, porém, Freud, a partir da escuta das histéricas, percebe que a resistência destas, que surge quando as associações deixam de fluir livremente, é inconsciente. As pacientes não se apercebem desta resistência, para elas as associações apenas tornaram-se mais difíceis.
Freud ao se questionar de que parte do ego surge essa resistência, conclui que só pode ser uma manifestação do ego, portanto o ego possui além da sua parte consciente, também uma parte inconsciente, responsável pelos seus mecanismos de defesa, entre eles o recalque e resistência.
Freud descobre, além do recalque e da resistência, outros mecanismo inconsciente do ego: o narcisismo e a identificação.
No narcisismo (secundário) há retirada da libido investida em objetos externos para o próprio ego; Freud observa esses fenômenos no homossexualismo e na psicose. O ego toma a si mesmo como objeto de amor e cuidado, essa