10 º ano stuart mill e kant
As duas perspetivas podem distinguir-se tendo em conta um critério de fundamentação:
-Morais teleológicas (das consequências)
-Morais deontológicas (das intenções)
A proposta moral utilitarista de Stuart Mill identifica-se com a perspetiva teleológica (fim da ação é a felicidade). O utilitarismo identifica o bem com a felicidade e o máximo bem-estar possível para o maior número de pessoas. A validade das ações depende ainda da sua finalidade (suas vantagens/ consequências), por isso recebe também a designação de moral consequencialista.
Por sua vez, a filosofia moral Kantiana identifica-se com as éticas deontológicas (prioridade da ação é o dever).
Dever→ necessidade de agir por respeito à lei moral que a razão dá a si mesma.
Para Kant a felicidade não é o fim que o homem deve procurar; a única coisa que é boa em si mesma é a boa vontade (vontade que se deixa guiar única e exclusivamente pela razão).
Uma das críticas de Kant ao utilitarismo clássico leva-o a classificar esta perspetiva moral de material (ética que dá relevo ao que possa resultar das ações).
A moral utilitarista indica o que se deve fazer para atuar o bem; uma ação será boa se o que resultar dela poderá ser considerado útil e não só por valer por si mesma como boa.
Stuart Mill faz também uma importante distinção entre prazeres inferiores e superiores. Os primeiros são os que têm a ver com o corpo (corporais) e os segundos são os que têm a ver com o espírito, o intelecto (intelectuais). Considera os prazeres intelectuais mais importantes, visto serem os mais dignos do ser humano: “Mais vale ser um homem insatisfeito do que um porco satisfeito. Assim como mais vale ser um Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito”.
A ética Kantiana pretende então ser formal (indicar a forma como se deve agir para atuar o bem, em todas a situações). Essa forma preside todas as ações, é dada através do imperativo categórico, é