ENSAIO SOBRE A VIDA DE UM ANIMAL CHAMADO ANTROPHOS
Do grego ανθρωπος, antrophos, ou em nosso idioma, homem
Tentar dizer alguma coisa sobre este “bicho homem”, embora possa parecer, à primeira vista, uma tarefa simples, na verdade, à medida que tentamos realizá-la, acaba por se se transformar em uma das mais difíceis empreitadas à qual podemos nos propor executar. A complexidade do tema é tal, que podemos fragmentar as premissas que postulamos partindo ora de um cientificismo acadêmico, ao qual sempre podemos somar algo de místico, ora de elucubrações pautadas em dogmas religiosos e metafísicos e, mesmo assim, sem dúvida alguma, deixaríamos muitas questões, para não dizer, a maioria delas, sem resposta. A ciência que se preocupa em conhecer o ser humano, em sua totalidade, é a antropologia (ανθρωπολογία, em grego: ανθρωπος, antrophos, homem e λογία, logia, estudo), e dizer, a ciência que procura compreender o homem em todos os seus aspectos, quer no espaço quer no tempo; enquanto ciência social (o homem enquanto elemento de um grupo; seu comportamento como membro de uma sociedade), enquanto ciência humana (o homem como um todo) e enquanto como ciência natural (o homem e sua evolução), valendo-se para tal de rigorosos procedimentos metodológicos. Como ciência física ou biológica, procura conhecer a origem do homem, sua evolução, sua estrutura anatômica, seus processos fisiológicos e as diferentes características raciais das várias populações humanas ao longo do tempo e do espaço, dividindo-se em:
1- Paleontologia (παλαιοντολογία, em grego: παλαιος, palaio, velho e λογία, logia, estudo), que estuda a evolução do homem através do conhecimento das formas fósseis entre os primatas e o homem moderno.
2- Somatologia, que descreve as variedades existentes do homem,
3- Raciologia, interessada pela história racial do homem e
4- Antropometria (ανθρωπομετρία, em grego: ανθρωπος, antropos, homem e μετρία, metria,