1. A ESCRITA COMO SITEMA DE REPRESENTAÇÃO
Após leitura do seguinte texto percebe-se a escrita sob duas seguintes formas, como representação da linguagem e como um código de transcrição gráfico das unidades sonoras. Um sistema elaborado por nos adultos letrados que tendem a ser frisados de forma mecânica a cada pequena mente infantil. Ainda segundo FERREIRO (1994), “A invenção da escrita foi um processo histórico de construção de um sistema de representação, não um processo de codificação”. Sendo assim a escrita não é apenas um simples sistema, como também algo que evoluiu socialmente e que tem participação sobre todo o cotidiano de vida do ser humano. Ainda nas palavras de Ferdinandi de Saussure citado por Ferreiro (1994), “estamos habituados a conceber o signo linguístico como a união indissolúvel de um significante com um significado, mas não avaliamos suficientemente o que isto pressupõe para a construção da escrita como sistema de representação”. Compreender o sistema de escrita é bem mais que apenas atribuir um significado ao significante, é criar um sistema a fim de poder livremente expressar-se, a escrita é algo que nos liberta deixando-nos crescer intelectualmente.
2. AS CONCEPÇÕES DAS CRIANÇAS A RESPEITO DO SISTEMA DE ESCRITA
Ao inicio do contato das crianças com o sistema de escrita elas expressam através de representações espontâneas, muitas vezes escrevendo letras e números aleatórios acreditando que este poderia representar tal palavra em questão. Tais escritas infantis são conhecidas como garatujas, um faz de conta onde à criança acredita saber escrever. Ferreiro (1994) fala, “As crianças não empregam seus esforços intelectuais para inventar letras novas; recebem a forma das letras da sociedade e as adotam tal e qual”. Outro processo importante destacado por Ferreiro (1994) é o processo de distinção entre o desenhar e o escrever, ao desenhar se está sob o domínio do icônico, suas formas reproduzem as formas dos objetos. Ao