1 trabalho Estética Autorretrato
Professora: Paloma Carvalho
Disciplina: Estética e Teoria da Arte I
Aluno: Matheus Soares Rodrigues
Turma: 03
O presente trabalho tem como objetivo fazer uma pequena reflexão sobre a obra, “With my tongue in my cheek”, de Marcel Duchamp, a partir da leitura do texto: “Marcel Duchamp ou o campo imaginário”, da teórica Rosalind
Krauss, e por fim estabelecer uma relação entre a obra de Duchamp e o pensamento do filósofo alemão Kant, sobre a estética.
Em seu texto: “Marcel Duchamp ou o campo imaginário”, a teórica
Rosalind Krauss (2014), através do ensaio sobre “Duchamp”, do ensaísta
Octavio Paz, cita, logo no início, dois artistas que foram essenciais para a construção e “desconstrução” do cenário artístico moderno/contemporâneo,
Pablo Picasso e Marcel Duchamp.
Apesar de Picasso e Duchamp serem dois grandes artistas, suas ideias são, a princípio, totalmente divergentes. Picasso, mesmo tendo uma extensa produção artística, é, de fato, mais conhecido universalmente por suas obras cubistas. As obras de Picasso, em geral, persistem em estabelecer a arte como manifestação visual que se desdobra em uma análise concreta, sensual e perceptiva. Em posição extremamente oposta, Duchamp, nos apresenta uma “obra” que tem como principal objetivo negar o próprio conceito tradicional de “obra de arte”. Segundo, Octavio Paz (2012), a arte de Duchamp desconstrói as próprias bases da percepção sensível imediata, e complementa salientando que o artista seria o porta-voz de uma arte da “Ideia”.
O próprio Duchamp – que apresentava em seu discurso um evidente menosprezo pelo cubismo de Picasso – caracterizava o estilo, criado pelo
Picasso, como “retiniano”, por se tratar de uma arte que apelava para os sentidos e que foi definida por ele como “pintura-pintura” que era avessa a sua
“pintura-ideia”. Os trabalhos de Duchamp possuíam a racionalidade como virtude. 1
Duchamp desarticula a ênfase que era dada ao objeto “belo” para o
“sujeito” que o