1 INTRODU O
O HIV descoberto durante a gestação ou até mesmo no momento do parto oferece um grande risco para a puérpera e seu bebê. A assistência relacionada com o pós-parto também exige cuidados minuciosos, assim como à necessidade de orientações e informações necessárias à mãe sobre a proibição de amamentação e também consultas necessárias no serviço de atendimento de referência após o parto, para acompanhamento.
Neste estudo, abordaremos o protocolo para a prevenção de transmissão vertical do HIV desde a gestação, durante o parto e no período puerperal.
2 TRABALHO DE PARTO
Cerca de 65% dos casos de transmissão vertical do HIV ocorrem durante o trabalho de parto ou no parto propriamente dito. Os 35% restantes ocorrem intra-útero, principalmente nas últimas semanas de gestação. O aleitamento materno representa risco adicional que se renova a cada exposição da criança ao leite.
Na entrada da parturiente na maternidade deve ser oferecido o teste rápido para o HIV para todas as gestantes que não tenham realizado investigação para HIV no pré-natal ou cujo resultado não esteja disponível. É necessário que o resultado do teste seja comunicado por um profissional de saúde devidamente capacitado, abordando todas as implicações deste resultado, reagente ou não. O resultado também deve ser anotado no cartão da gestante, para acompanhamento puerperal.
A via de parto será escolhida em função de situações obstétricas e/ou da carga viral, de acordo com a avaliação do obstetra e do clínico/infectologista responsáveis pela gestante, devendo esta ser informada sobre os riscos e benefícios da via de parto recomendada. A quimioprofilaxia anti-retroviral está indicada para todas as parturientes com diagnóstico anterior de HIV ou cujo teste rápido tenha sido reagente no momento do parto, sendo no entanto necessário o uso de zidovudina (AZT) por via intravenosa (IV). Quando a via de parto for cesariana eletiva, o AZT intravenoso deve ser iniciado no