1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem por objetivo pesquisar e refletir sobre as questões da indisciplina na sala de aula da rede publica do município de Diamantina. A escolha do tema partiu da observação do cotidiano escolar e das inúmeras queixas dos profissionais da escola sobre a necessidade de estudar o problema, a fim de buscar conhecimentos e possíveis intervenções para a efetivação do ensino e da aprendizagem. A indisciplina é um das maiores dificuldades enfrentadas pelos educadores para desenvolverem o trabalho pedagógico. De acordo com Parrat- Dayan (2008, p. 21), os conflitos em sala de aula caracterizam-se pelo descumprimento de ordens e pela falta de limites como, por exemplo: falar durante as aulas o tempo todo, não levar material necessário, ficar em pé, interromper o professor, gritar, andar pela sala, jogar papeizinhos nos colegas e no professor, dentre outras atitudes que impedem os docentes de ministrar aulas com entusiasmo. Diante deste acontecimento, percebe-se a necessidade de um maior engajamento por parte da escola em busca de alternativas de intervenções para o enfrentamento de conflitos na sala de aula. Lembra-se que o trabalho coletivo é o principal instrumento de viabilização dessas ações. O diálogo, o estudo e a cooperação são os instrumentos que mediarão o caminho na busca por uma disciplina que considere o respeito como condição principal nas relações existentes na escola. Conforme Parrat-Dayan (2008, p. 64), “[...] é mais eficaz se aproximar calmamente de um aluno e pedir para retomar seu trabalho que chamar a sua atenção em voz alta na frente de todos. [...]”. A forma como se estabelece a relação professor-aluno é a base para o enfrentamento dessas questões. Portanto, percebe-se que através de relações interpessoais bem estruturadas é possível formular novas concepções, novas regras e provocar novas formas de pensar e agir que venham contribuir para transformações no interior da escola